Ela
Chegou bem mais cedo. Há tempos não conhecia mais aquele lugar ainda com sol.
Passou literalmente atrás de sua casa e ficou imaginando quem estaria lá, àquela hora, fazendo o quê... Sabia bem quem estaria mais cansado (da vida e do dia); quem estaria pensando como seria bom receber uma ligação ou uma mensagem; quem estaria pensando que não queria estar ali daquele jeito, fazendo o de sempre, pensando em quantas outras coisas interessantes haveria para serem feitas, em outros lugares. Provavelmente alguém estaria lendo, buscando outras e mais interessantes preocupações. Todos trabalham muito...
Pensando nisso, cochilou. Acordou perto do destino, esticou as pernas e levantou a cabeça devagar, pois para ela já é bastante violento ter que acordar com a sensação de missão não cumprida.
Finalmente chegou. É tão bom estar fora do maldito horário de pico...
Tem andado imersa em pensamentos mil, e pensa se não existiram pessoas que morreram ou ficaram loucas por tanto pensar. Tem lido muito sobre a loucura, e pensa que ela pode ser como a morte, que "chega" a qualquer pessoa, a qualquer momento, em qualquer lugar, e não há questionamentos ou desejos que desfaçam o ocorrido.
Percebe-se, de repente, distraída e fora do real objetivo de estar lá naquele momento. Porque era mesmo? Imagina quantos julgamentos próprios e alheios aquele ato poderia envolver, e diverte-se pensando nisso. Fecha o caderno, desistindo de tentar expressar aquele "algo" que estava sentindo e parecia tão interessante. Nem fingindo ser outra pessoa teve sucesso nisso.
"Mas a poesia deste momento inunda minha vida inteira..."
Passou literalmente atrás de sua casa e ficou imaginando quem estaria lá, àquela hora, fazendo o quê... Sabia bem quem estaria mais cansado (da vida e do dia); quem estaria pensando como seria bom receber uma ligação ou uma mensagem; quem estaria pensando que não queria estar ali daquele jeito, fazendo o de sempre, pensando em quantas outras coisas interessantes haveria para serem feitas, em outros lugares. Provavelmente alguém estaria lendo, buscando outras e mais interessantes preocupações. Todos trabalham muito...
Pensando nisso, cochilou. Acordou perto do destino, esticou as pernas e levantou a cabeça devagar, pois para ela já é bastante violento ter que acordar com a sensação de missão não cumprida.
Finalmente chegou. É tão bom estar fora do maldito horário de pico...
Tem andado imersa em pensamentos mil, e pensa se não existiram pessoas que morreram ou ficaram loucas por tanto pensar. Tem lido muito sobre a loucura, e pensa que ela pode ser como a morte, que "chega" a qualquer pessoa, a qualquer momento, em qualquer lugar, e não há questionamentos ou desejos que desfaçam o ocorrido.
Percebe-se, de repente, distraída e fora do real objetivo de estar lá naquele momento. Porque era mesmo? Imagina quantos julgamentos próprios e alheios aquele ato poderia envolver, e diverte-se pensando nisso. Fecha o caderno, desistindo de tentar expressar aquele "algo" que estava sentindo e parecia tão interessante. Nem fingindo ser outra pessoa teve sucesso nisso.
"Mas a poesia deste momento inunda minha vida inteira..."
1 Comentários:
Pensar, por si só, não leva à loucura. O que pode enlouquecer, por ser combustível dos pensamentos obsessivos, é a incompreensão das coisas. Supervalorizar as coisas simples ou subestimar as mais complexas, criando ou desprezando nuances e possibilidades, pode levar ao desvario. Se for possível, e geralmente o é, precisamos levar aos pensamentos a paz que é, também, o objetivo da compreensão.
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